Em entrevista nesta semana, o ex-meia Hernanes afirmou que, fora os gigantes do futebol mundial – como Real Madrid, Bayern e Manchester City – as equipes brasileiras se equiparam à chamada “segunda prateleira” das principais ligas da Europa. Para o ídolo de São Paulo, Lazio e Juventus, o peso do intercâmbio de jogadores e técnicos entre os continentes nivela a competitividade entre sul-americanos e europeus.
“A gente tira PSG, Real, Inter, Barcelona, Liverpool, City e Bayern; com todos os outros clubes europeus, o futebol do Brasil joga de igual para igual”, afirmou Hernanes, sustentando que o Mundial de Clubes tem surpreendido por revelar o equilíbrio técnico entre os times do Brasil e boa parte da Europa.
O ex-atleta de 39 anos, que se aposentou em 2021 após passagem também pelo futebol chinês, destacou ainda que as principais ligas europeias hoje são abastecidas por sul-americanos. “Não dá para falar que o futebol sul-americano é fraco se é daqui que vem a maior parte da matéria-prima que alimenta os clubes europeus”, declarou.
Para ele, outros fatores ajudam a explicar resultados inesperados no Mundial de Clubes, como o momento de fim de temporada no Velho Continente e o grau de envolvimento das equipes. “Se a motivação e a importância dada ao torneio são menores, o desempenho cai. Basta lembrar do Boca enfrentando time semi-amador e… empatar”, analisou Hernanes, citando a partida contra o Auckland City.
Com observações que misturam vivência na Europa e amor pelo futebol sul-americano, Hernanes reforça a ideia de que a globalização do esporte aproxima o nível técnico dos clubes de ambas as margens do Atlântico.