Embora seja a escolha de quem busca ganho de massa muscular, o whey protein integra a categoria dos ultraprocessados, apontada como vilã da alimentação saudável. Diferentemente de biscoitos recheados, refrigerantes e salgadinhos, no entanto, ele traz benefícios nutricionais e pode ser parte de uma dieta equilibrada quando usado com critério.
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, ultraprocessados são formulações industriais feitas a partir de ingredientes extraídos ou derivados de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido modificado) ou sintetizados em laboratório (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor). Apesar de sua origem natural — o soro do leite — o whey passa por várias etapas industriais: filtração, secagem, adição de emulsificantes para solubilidade, flavorizantes, adoçantes artificiais ou naturais (sucralose, estévia) e até corantes para atrair o paladar.
Nutricionistas enfatizam, porém, que nem todos os ultraprocessados têm o mesmo propósito. O whey protein é formulado para oferecer proteína de alto valor biológico, com baixo teor de carboidratos e gorduras, auxiliando na recuperação e no desenvolvimento muscular. Já biscoitos recheados, refrigerantes e salgadinhos são projetados para consumo recreativo: ricos em açúcares, gorduras saturadas e trans, e sódio, fornecem calorias “vazias” e favorecem riscos como obesidade, diabetes tipo 2 e deficiências nutricionais.
Para aproveitar o whey com segurança, especialistas recomendam escolher marcas com lista reduzida de aditivos, respeitar a dosagem indicada por um profissional de saúde e combinar o suplemento a fontes naturais de proteína, como carnes magras, ovos e leguminosas. Assim, é possível unir a praticidade do pó proteico ao estilo de vida saudável sem abrir mão da variedade nutricional.