A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. Esse é o menor índice desde o início da série histórica, em 2012, agora recalculada com base no Censo Demográfico de 2022.
Em relação ao trimestre encerrado em março, quando o desemprego estava em 7,0%, houve redução de 1,2 ponto percentual. Na comparação anual, a taxa também recuou, saindo de 6,9% no segundo trimestre de 2024 para o patamar atual.
O número de pessoas desocupadas caiu para 6,3 milhões, recuo de 17,4% ante o trimestre anterior (1,3 milhão a menos) e de 15,4% frente ao mesmo período de 2024 (1,1 milhão a menos).
O contingente de ocupados atingiu 102,3 milhões, novo recorde histórico, com alta de 1,8% em três meses (1,8 milhão de postos) e de 2,4% em 12 meses (2,4 milhões). Assim, o nível de ocupação subiu para 58,8% da população com 14 anos ou mais.
No setor privado, o total de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39 milhões, também recorde, após crescimento de 0,9% no trimestre e 3,7% em um ano. Os empregados sem registro somaram 13,5 milhões, estáveis em 12 meses, mas com avanço de 2,6% em relação a março.
Os trabalhadores por conta própria somaram 25,8 milhões, aumento de 1,7% no trimestre e de 3,1% no ano. O total de informais alcançou 38,7 milhões, fixando a taxa de informalidade em 37,8%, nível inferior aos 38,0% do trimestre anterior e aos 38,6% de 2024.
No serviço público, o número de empregados atingiu 12,8 milhões, recorde da série, após elevação de 5,0% em três meses (610 mil vagas) e de 3,4% em 12 meses (423 mil vagas).
A força de trabalho brasileira alcançou 108,6 milhões de pessoas, enquanto 65,5 milhões estavam fora desse contingente, patamar estável. Entre quem desistiu de procurar emprego, os desalentados somaram 2,8 milhões, queda de 13,7% no trimestre e de 14,0% em um ano.
O total de pessoas subutilizadas — que engloba desocupados, quem poderia trabalhar mais horas e potenciais trabalhadores disponíveis — caiu para 16,5 milhões, reduzindo a taxa de subutilização a 14,4%, o menor índice já registrado.
O rendimento real médio habitual atingiu R$ 3.477, o maior valor da série, com avanço de 1,1% no trimestre e de 3,3% em 12 meses. A massa real de rendimento habitual bateu R$ 351,2 bilhões, alta de 2,9% em três meses e de 5,9% em um ano.