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Espanha registra onda de calor mais intensa desde 1950, com 1.149 mortes atribuídas

A onda de calor que atingiu a Espanha entre 3 e 18 de agosto foi a mais intensa desde o início da série histórica, segundo a Agência Nacional de Meteorologia (Aemet). Com temperaturas até 4,6°C acima da média, o fenômeno superou o recorde anterior de julho de 2022 e provocou máximas de até 43°C em regiões como os vales dos rios Tejo, Guadiana e Guadalquivir, além das Ilhas Canárias.

De acordo com a Aemet, o período entre 8 e 17 de agosto foi o mais quente já registrado em dez dias consecutivos desde pelo menos 1950. Desde 1975, o país contabilizou 77 ondas de calor, sendo que cinco das seis mais severas ocorreram após 2019, evidenciando o agravamento dos extremos climáticos.

O Instituto de Saúde Carlos III (ISCIII) estima que 1.149 mortes estejam relacionadas ao calor extremo, segundo o sistema MoMo, que monitora variações na mortalidade geral. Embora não estabeleça causalidade direta, o sistema aponta o calor como fator decisivo para o aumento de óbitos.

Além das perdas humanas, o calor intenso contribuiu para incêndios florestais de grandes proporções na Espanha e em Portugal, que deixaram oito mortos e devastaram mais de 400 mil hectares. A situação reforça os alertas sobre os impactos crescentes das mudanças climáticas na Europa.

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