A Secretaria de Estado da Saúde (SES) deu início, nesta semana, à operação emergencial de distribuição das vacinas contra HPV (papilomavírus humano) e varicela (catapora) para os municípios goianos. A iniciativa ocorre após o estoque dos imunizantes ter se esgotado devido a atrasos no envio pelo Ministério da Saúde (MS).
O desabastecimento, especialmente do imunizante contra a catapora, será gradualmente regularizado conforme as informações fornecidas pelo MS. O estado de Goiás recebeu um total de 30 mil doses da vacina contra o HPV para restabelecer o estoque.
A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, afirma que a distribuição terá início ainda nesta semana, iniciando pelas regionais, que posteriormente repassarão as doses aos municípios.
No caso da vacina contra varicela, o MS enviou 12 mil unidades para Goiás, que já estão em processo de distribuição, começando pela região metropolitana de Goiânia. A previsão é de que, a partir do dia 29 deste mês, os imunizantes também alcancem os demais municípios do estado.
Flúvia Amorim destaca que, no máximo até a metade da próxima semana, todas as cidades goianas já deverão contar com essas doses em suas salas de vacinação.
Durante 2023, o MS enviou ao estado mais de 202 mil unidades do imunizante contra o HPV. No entanto, a quantidade distribuída foi superior (221 mil) devido ao estoque remanescente de 2022. Já a vacina contra varicela tem enfrentado envios reduzidos desde maio do ano passado, com meses sem recebimento de nenhuma dose.
Além das vacinas contra varicela e HPV, Goiás dispõe de estoques de outros imunizantes que compõem o Calendário Nacional de Vacinação, incluindo difteria, tétano, febre amarela, antirrábica, tríplice viral e a vacina contra a Covid-19 para crianças acima de 5 anos.
A SES ressalta, no entanto, a ausência do imunizante contra Hepatite A desde outubro de 2023, devido à falta de envios do Ministério da Saúde. A superintendente tranquiliza a população, indicando que a pausa temporária no esquema vacinal não prejudica a resposta imunológica, mas destaca a importância de entrar em contato com os municípios para atualizar o cartão vacinal das crianças. “A continuidade é fundamental”, conclui Flúvia Amorim.