Três Influenciadoras de Luziânia (GO) São Alvo de Investigação por Crimes Financeiros e Ostentação nas Redes

Três Influenciadoras de Luziânia (GO) São Alvo de Investigação por Crimes Financeiros e Ostentação nas Redes

Operação da Polícia Civil de Goiás desmascara esquema envolvendo estelionato, lavagem de dinheiro e promoção de jogos de azar falsos.

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) realizou, nesta sexta-feira (6), uma operação para investigar três influenciadoras digitais de Luziânia (GO), suspeitas de envolvimento em crimes financeiros e promoção de plataformas de jogos fraudulentos. A ação foi conduzida pelo Grupo Especial de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Gepatri), com mandados de busca e apreensão cumpridos em Cristalina (GO), São José dos Campos (SP) e na própria cidade de Luziânia.

A operação foi autorizada pela Vara de Feitos Relativos às Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais de Goiânia (GO) e trouxe à tona detalhes sobre o esquema que financiava o estilo de vida luxuoso das investigadas, amplamente exibido nas redes sociais.

Esquema de Estelionato e Lavagem de Dinheiro

De acordo com a PCGO, as influenciadoras teriam um papel central em atividades ilícitas, como estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. As suspeitas utilizavam suas redes sociais para ostentar uma vida de luxo, com viagens internacionais à Europa, aquisição de veículos de alto valor (chegando a R$ 500 mil) e compras em lojas de marcas de luxo.

As investigações apontam que as mulheres promoviam plataformas de jogos fraudulentos, como o “jogo do tigrinho”, onde simulavam ganhos exorbitantes para atrair seguidores. Os lucros apresentados eram falsos, e as influenciadoras recebiam comissões por cada novo cadastro gerado.

As redes sociais eram a principal ferramenta para dar credibilidade ao esquema. Com postagens que exibiam viagens e conquistas materiais, as influenciadoras despertavam o interesse de seguidores, que acreditavam nos “resultados extraordinários” prometidos pelos jogos. A ostentação de riqueza fazia parte da estratégia para atrair mais vítimas, criando uma falsa ilusão de sucesso e confiabilidade.

Impactos da Operação

A operação teve como objetivo interromper a rede de crimes financeiros e garantir a responsabilização das envolvidas. Computadores, celulares e documentos foram apreendidos para análise. A PCGO reforça que os responsáveis pela participação em esquemas de estelionato serão investigados e levados à Justiça.

“Esses crimes não só prejudicam financeiramente as vítimas, mas também causam danos emocionais, uma vez que as pessoas são enganadas por promessas ilusórias e falsos exemplos de sucesso”, afirmou um representante da corporação.

O Que Diz a Lei?

Os crimes atribuídos às influenciadoras incluem:

  • Estelionato (Art. 171 do Código Penal): Pena de até 5 anos de prisão;
  • Lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/1998): Pena de até 10 anos de prisão;
  • Exploração de jogos de azar: Considerado contravenção penal, com penas de multa e detenção.

O caso expõe a importância de se estar atento a promessas de ganhos fáceis e de desconfiar de influenciadores que ostentam estilos de vida extravagantes sem transparência sobre suas fontes de renda. A operação da Polícia Civil reforça o combate ao crime organizado e à exploração da credibilidade das redes sociais para práticas ilícitas.

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