Tribunal de Contas adia julgamento de Tormin por desvio de recursos em Luziânia

Tribunal de Contas adia julgamento de Tormin por desvio de recursos em Luziânia

Após quatro anos do ocorrido, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) ainda não concluiu o julgamento do caso envolvendo o ex-prefeito de Luziânia-GO, Cristóvão Tormin (PRD), acusado de desviar recursos públicos. A morosidade no processo se deve, em parte, a sucessivos pedidos de vista.

O Caso

No penúltimo dia de mandato de Tormin, a prefeitura realizou uma transferência de R$ 581 mil para a conta do gestor. Além disso, secretários municipais receberam valores que variaram de R$ 21 mil a R$ 324 mil, totalizando um prejuízo de R$ 2,8 milhões aos cofres públicos.

A defesa de Tormin alegou que os valores seriam referentes a uma “diferença salarial”, justificando que havia reduzido em 20% o próprio salário e o de auxiliares para conter gastos. No entanto, não houve envio de projeto à Câmara de Vereadores para oficializar a medida.

Posicionamento do TCM

O TCM, por meio do Acordão nº 02462/22, considerou procedente a denúncia, classificando os atos como apropriação indevida de recursos públicos e violação à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Constituição Federal. O tribunal destacou que as ações de Tormin feriram princípios como moralidade administrativa, probidade e boa-fé.

Morosidade no Julgamento

Apesar da gravidade do caso, o processo nº 06186/22 permanece sem decisão final. Em janeiro deste ano, o julgamento foi suspenso devido a pedidos de vista, e no último dia 19, o conselheiro relator retirou o caso de pauta.

A demora em concluir o julgamento levanta questionamentos sobre a eficiência do tribunal em resolver um dos capítulos mais polêmicos da história política de Luziânia.

O caso segue sem previsão de desfecho, enquanto a população aguarda respostas sobre o destino dos recursos públicos desviados.

Deixe um comentário