Com a determinação judicial que suspendeu as atividades da Guarda Civil Municipal de Valparaíso de Goiás (GCMV), a cidade tem registrado crescimento na violência, com aumento de furtos, roubos e assassinatos. Desde o fim de 2024, moradores relatam insegurança e a sensação de desamparo, enquanto autoridades enfrentam dificuldades para solucionar a situação.
Entenda o caso
A GCMV, criada durante o Governo Pábio Mossoró, foi alvo de decisão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO) em janeiro de 2023, que exigiu adequações e a realização de concurso público. Sem cumprir as exigências, a Justiça determinou em 2024 que os mais de 50 agentes parassem de atuar.
Inicialmente, os agentes, que eram vigilantes municipais, foram alocados de forma improvisada para o trabalho, mas sem respaldo legal, o que culminou na proibição total de suas atividades. Hoje, encontram-se aquartelados no quartel da GCMV, aguardando definições sobre seu futuro.
Crescimento da violência
Com a paralisação da guarda, bairros como o Jardim Céu Azul enfrentam um aumento significativo em delitos. Relatos de assassinatos em plena luz do dia, além de furtos e roubos, têm se tornado comuns. A cidade também foi apontada como refúgio para criminosos de outros estados, segundo a Polícia Militar local, que realizou prisões recentes.
Anteriormente, enquanto a GCMV ainda atuava, Valparaíso chegou a registrar meses sem assassinatos, ilustrando o impacto de sua ausência na segurança pública.
Soluções em discussão
A Prefeitura informou que estuda a realização de concurso público para reativar a GCMV, mas ainda não há detalhes sobre datas ou avanços. Segundo Amaury Santana, secretário de Comunicação, a gestão busca soluções jurídicas para adequar a guarda às exigências legais.
Para que a segurança seja retomada, especialistas defendem a necessidade de articulação entre prefeitura, governo estadual e federal. Pressionar o DNIT e o Ministério dos Transportes é uma das alternativas para que Valparaíso recupere a estabilidade e enfrente os desafios de segurança.
A população aguarda ações concretas e imediatas das autoridades para conter a escalada da violência e restaurar a confiança na segurança pública.