Erro em hospital de Águas Lindas: mãe relata choque ao descobrir troca de corpos de bebês

Erro em hospital de Águas Lindas: mãe relata choque ao descobrir troca de corpos de bebês

Erro em hospital de Águas Lindas: mãe relata choque ao descobrir troca de corpos de bebês

Situação ocorreu no HEAL; uma das crianças chegou a ser enterrada pela família errada

Uma mãe atendida no Hospital Estadual de Águas Lindas de Goiás Ronaldo Ramos Caiado Filho (HEAL), no Entorno do Distrito Federal, relatou o momento de incredulidade ao descobrir que o corpo de seu bebê havia sido trocado no hospital. O caso, registrado na última semana de março, envolveu duas mulheres que perderam seus filhos logo após o parto.

Segundo a mãe, em entrevista à TV Anhanguera, a primeira informação sobre o erro partiu da Polícia Científica, que entrou em contato solicitando um exame de DNA. No entanto, ela afirmou que ignorou a ligação, acreditando se tratar de um engano.

“Eu não dei retorno porque achei que fosse uma confusão. Depois, a Polícia Civil foi até minha casa e informou que meu filho havia sido enterrado por outra família. Disseram que eu precisava ir até a delegacia, mas o hospital não me comunicou nada em nenhum momento”, relatou.

De acordo com o boletim de ocorrência, os bebês foram trocados após a constatação do óbito pós-parto. Uma das crianças foi sepultada por engano, e a outra mãe ainda não havia conseguido realizar o enterro por falta de recursos financeiros.

A direção do HEAL afirmou, em nota enviada ao portal g1, que notificou os familiares e as autoridades competentes assim que a falha foi identificada. A unidade também declarou ter prestado todas as informações necessárias e oferecido acolhimento e apoio psicossocial às famílias, com “zelo e transparência”.

O hospital informou ainda que instaurou um processo administrativo interno para revisão dos protocolos e procedimentos adotados em casos semelhantes, com o objetivo de aprimorar a qualidade do atendimento e evitar novas falhas.

Os advogados das mães, Daniel Kaefer e Idelbrando Mendes, classificaram o episódio como uma grave falha do Estado.

“Uma das mães conseguiu enterrar o filho. A outra, por não ter condições financeiras, ainda não tinha feito o sepultamento. Agora, essa mãe terá que reviver a dor do luto para finalmente enterrar seu filho, enquanto a outra não sabe onde está o corpo do próprio bebê”, afirmou o advogado Idelbrando Mendes.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil e gera comoção no Entorno, levantando questionamentos sobre os protocolos adotados por unidades públicas de saúde em situações delicadas como esta.

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