Nos dias 14 e 15 de abril, Valparaíso avançou significativamente no enfrentamento das arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, ao implementar tecnologias inovadoras para o controle do Aedes aegypti. A iniciativa reflete o compromisso da cidade com a saúde pública e a prevenção de doenças transmitidas por este vetor.
Uma das principais novidades é a soltura de mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya. Ao se reproduzirem, esses mosquitos transmitem a bactéria para toda a população de vetores locais, ajudando a reduzir os casos das doenças. Outra medida essencial foi a instalação das armadilhas chamadas ovitrampas, que monitoram e limitam a proliferação do mosquito transmissor.
Para garantir a eficácia dessa estratégia, agentes de saúde e endemias participaram de um treinamento especializado ao longo dos dois dias. De acordo com Stefania Nolasco, técnica do Controle de Vetores da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUVISA) do Estado de Goiás, o projeto foi desenvolvido com o apoio conjunto de servidores municipais, estaduais e da comunidade local. “Capacitamos a equipe de endemias para trabalhar em parceria com os moradores na realização do sequestro de ovos. O objetivo é antecipar o combate à proliferação do mosquito antes que ele chegue à fase adulta e cause transtornos à população,” explicou Nolasco.
Ela também ressaltou que Valparaíso foi selecionado para essa iniciativa pioneira, que conta com o suporte técnico do Ministério da Saúde e da Fiocruz. “Utilizamos a metodologia das ovitrampas, que recolhem os ovos depositados pelas fêmeas do Aedes aegypti. Essa coleta ocorre a cada cinco dias e é uma forma eficaz de evitar que os mosquitos se desenvolvam e perpetuem as arboviroses,” detalhou.
Impacto na Comunidade
A ação foi bem recebida pelos moradores, que expressaram confiança na tecnologia e no trabalho dos agentes de saúde. Zulmiro Matias dos Santos, residente do bairro Morada Nobre, destacou a importância de abrir as portas para a equipe de vigilância. “Estou muito satisfeito com o trabalho da Vigilância em Saúde. Eles instalaram uma ovitrampa aqui, e acho que todos devem colaborar, porque essa é uma iniciativa excelente para monitorar e controlar os mosquitos,” afirmou Santos.
Expectativas e Expansão
Embora seja uma novidade em Valparaíso, a expectativa é que as tecnologias tragam resultados positivos, como observado em outras cidades que já implantaram essa metodologia. A iniciativa será expandida para Luziânia, fortalecendo a região no combate às arboviroses.
A Prefeitura de Valparaíso reafirma seu compromisso com a saúde pública e convida a população a participar ativamente dessa ação, contribuindo para um ambiente mais seguro e saudável para todos. Essa parceria entre poder público e sociedade civil é essencial para enfrentar os desafios impostos pelas arboviroses.
