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Verba indenizatória de R$ 3 mil gera polêmica em Valparaíso

A aprovação de uma lei “interna” pela Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás, na última quinta-feira (15), que concede aos 13 vereadores uma verba indenizatória de R$ 3 mil para ressarcir gastos com combustível, refeições e outras despesas, vem gerando intensa controvérsia na cidade.

Com um salário bruto de R$ 17.290,39, os atuais parlamentares já haviam sido destaque na mudança ocorrida em dezembro de 2024, quando seus vencimentos foram reajustados em mais de 40% para a nova gestão que tomou posse em janeiro de 2025. Agora, somando-se aos vencimentos, a nova “ajuda de custo” passa a ser um item adicional, que poderá ser requisitado já neste mês de maio.

 

A medida, de autoria do vereador Felipe do Mandú, presidente da Casa, foi amplamente repercutida nos principais sites de notícias. Segundo o jornalista Fred Gurgel, conhecido por suas críticas contundentes, embora a verba indenizatória não seja ilegal, sua concessão se mostra imoral. “Para um grupo que já recebe mais de R$ 17 mil, enquanto os salários do comércio local mal chegam a R$ 2 mil e muitas famílias vivem em situação vulnerável, é inaceitável esse tipo de gasto. Parece que nenhum dos atuais vereadores captou o recado dado pelo eleitorado”, afirmou Gurgel em entrevista telefônica durante o programa do jornalista Satyro.

Em contrapartida, o presidente da Câmara, Walison Lacerda, justificou a necessidade da verba, argumentando que os parlamentares enfrentam altos custos operacionais decorrentes das atividades legislativas, o que torna o benefício indispensável.

 

A discussão se intensifica em um contexto de discrepância salarial, pois, em comparação, os 15 vereadores de Cidade Ocidental recebem cerca de R$ 14 mil brutos sem qualquer verba indenizatória, e em Luziânia esse complemento é de apenas R$ 1 mil.

Enquanto os recursos decorrentes das multas em caso de eventual descumprimento da lei serão destinados a projetos de defesa do meio ambiente e do consumidor, o tema permanece no centro do debate público, evidenciando tensões entre os gestores municipais e as expectativas da comunidade eleita para promover mudanças efetivas.

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