Uma operação realizada nesta quarta-feira (11) em Portão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, afastou 12 adolescentes de um centro de formação de jogadores de futebol por suspeita de trabalho infantil. A ação foi conduzida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), com apoio da Polícia Federal (PF), do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP-RS), do Conselho Tutelar e da Secretaria Municipal de Assistência Social de Portão.
Os jovens, com idades entre 14 e 17 anos, são naturais do Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Paraguai. Segundo os auditores fiscais, eles cumpriam uma rotina intensa de treinamentos voltados ao alto rendimento esportivo, sendo avaliados por empresários e agentes de futebol sem contratos formais de formação ou trabalho esportivo, o que viola a legislação brasileira e a Lei Geral do Esporte.
Além da falta de contratos, a estrutura do centro não atendia aos requisitos legais para entidades de formação, impossibilitando o alojamento e a realização de atividades formativas. A auditoria também constatou que alguns adolescentes não frequentavam a escola regularmente, e os paraguaios estavam sem aulas presenciais com professores.
O MPT determinou a paralisação imediata das atividades irregulares e exigiu que os responsáveis providenciem o retorno dos adolescentes às suas famílias. Até o momento, ninguém foi preso. O nome do centro de treinamento não foi divulgado.