Nesta quinta-feira (19), no icônico Rose Bowl em Pasadena, o Botafogo surpreendeu a todos ao vencer o PSG por 1 a 0 no Mundial de Clubes. Diante de mais de 53 mil espectadores, o Glorioso demonstrou a força e a determinação que marcaram o futebol sul-americano, escrevendo uma página inédita contra o detentor da Champions League.
A partida ganhou contornos épicos logo aos 36 minutos do primeiro tempo, quando Igor Jesus, em um contra-ataque fulminante, abriu o placar e definiu o destino do confronto. Essa vitória inesperada desencadeou reações intensas na imprensa europeia. Na França, o L’Équipe exaltou a “vitória surpreendente” do clube brasileiro e criticou a atuação “sem inspiração” do PSG, que, mesmo após um 4 a 0 contra o Atlético de Madrid na estreia, “caiu de sua fase de glória”.
Enquanto isso, na Espanha, o jornal As destacou o Botafogo como “colossal” e apontou o “excesso de confiança” das equipes europeias neste torneio. O veículo ressaltou que o campeão da Libertadores virou o grupo do avesso, expondo a vulnerabilidade dos clubes que, antes, eram tidos como favoritos. Em Portugal, o Record, da capital Lisboa, fez questão de enaltecer o feito do técnico Renato Paiva, enfatizando a vitória histórica obtida pelo time comandado por um dos seus compatriotas.
O triunfo do Botafogo não só garantiu a liderança do Grupo B – com o PSG ocupando o segundo lugar e o Atlético de Madrid o terceiro, ao lado do lanterna Seattle Sounders – como também evidenciou a coesão do elenco. Nos bastidores, sentimentos de euforia tomaram conta do Rose Bowl. As arquibancadas vibraram com cânticos prolongados, enquanto familiares e torcedores se uniam em uma celebração da superação. “Você não pode ter medo na frente de ninguém”, declarou o zagueiro Alexander Barboza, exaltando a bravura e a força coletiva da equipe. Do mesmo modo, o goleiro John destacou a mentalidade vencedora e a persistência que converteram o improvável em história, citando inclusive a antiga previsão de 1% de chance feita por Marlon Freitas para esse feito memorável.
Com o apito final, a vitória imortalizou-se não só pela superação tática, mas pelo sentimento palpável de que sonhos se tornam realidade quando a união e a coragem dominam o campo. O próximo desafio será enfrentar o Atlético de Madrid, novamente no Rose Bowl, na próxima segunda-feira. O Botafogo precisa conquistar no mínimo um empate para consolidar sua vaga nas oitavas de final, mesmo que uma derrota por dois gols de diferença ainda garanta a classificação como vice-líder do grupo.
Em uma noite marcada por emoção, paixão e a quebra de paradigmas, o Glorioso reafirma que no futebol, onde nada é impossível, a fé no unreal pode transformar o impossível em história. Alguém ainda ousa duvidar da força do Botafogo?