A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estuda adotar a tecnologia de impedimento semiautomático a partir de 2026, com o objetivo de elevar a precisão e a velocidade das decisões de arbitragem no país. A ferramenta, que já é usada em torneios como Copa do Mundo, Champions League e Premier League, foi testada nas finais do Paulistão de 2025 e deve entrar em operação após escolha da fornecedora, num prazo estimado de quatro a seis meses.
O sistema utiliza câmeras especiais e inteligência artificial para gerar uma animação em 3D do passe e da posição do atacante no momento exato do lançamento, agilizando a identificação de lances de impedimento. Apesar do custo de cerca de R$ 100 mil por partida – cinco vezes acima do gasto atual com VAR tradicional – a CBF reforça que o investimento promete reduzir erros e evitar longas esperas por conferências.
Paralelamente à definição do novo recurso, 64 profissionais da arbitragem nacional – árbitros de campo, assistentes e operadores de vídeo – participaram de um treinamento intensivo no Rio de Janeiro, que incluiu simulações de jogo com clubes sub-20 em estrutura montada no Clube da Aeronáutica e no Centro de Excelência da Arbitragem Brasileira.
“Esses treinamentos garantem padronização de critérios e evolução constante ao longo do Brasileirão”, afirma Rodrigo Martins Cintra, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF. Para Anderson Daronco, consultor interno, “a modernização eleva a qualidade do produto futebol brasileiro”. A presença do especialista da FIFA Darío Ubriaco também foi destacada por Raphael Claus, que enxerga no intercâmbio internacional um reforço no alinhamento com as melhores práticas globais.
Com esses movimentos, a CBF reforça o compromisso de modernizar a arbitragem, mesclando tecnologia de ponta e capacitação prática para superar os desafios do calendário nacional e manter a credibilidade das competições.