O governo federal escolheu o trecho entre Brasília e Luziânia como o piloto para reativar o transporte ferroviário de passageiros por meio de concessão privada. O leilão está previsto para 2026, e a modelagem técnica fica a cargo do LabTrans, da UFSC.
A ferrovia, hoje usada apenas para cargas, será adaptada para atender até 25 000 passageiros por dia. O trem sairá do Cruzeiro Velho (DF), fará paradas em Valparaíso e Novo Gama (GO) e seguirá até o Jardim Ingá, em Luziânia. A expectativa é reduzir o tempo de deslocamento pela metade, de mais de duas horas de ônibus para cerca de uma hora de viagem.
Além de Brasília–Luziânia, o plano federal mapeou outros cinco trechos prioritários:
• Salvador–Feira de Santana (BA)
• Maringá–Londrina (PR)
• Pelotas–Rio Grande (RS)
• Fortaleza–Sobral (CE)
• São Luís–Itapecuru Mirim (MA)
Para viabilizar financeiramente os projetos, a concessão prevê exploração imobiliária ao redor de estações e trilhos, gerando receita adicional. Especialistas, porém, destacam a necessidade de subsídios de Goiás e do Distrito Federal para manter tarifas acessíveis e garantir a multimodalidade do transporte público.
O projeto não só promete melhorar a mobilidade diária de milhares de trabalhadores como também impulsionar o desenvolvimento urbano e econômico nas regiões atendidas.