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Haddad diz que EUA estão abertos a negociar tarifaço e prepara plano de proteção a empregos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (29) que há sinais concretos de que o governo dos Estados Unidos está disposto a discutir a sobretaxa de 50% anunciada por Donald Trump para produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Empresários teriam relatado maior abertura de autoridades norte-americanas para ouvir propostas de ajuste na medida.

Enquanto mantém negociações com Washington, o governo federal trabalha em um plano de contingência para mitigar os impactos caso o tarifaço seja mantido. Entre as opções em análise está um programa de subsídio salarial nos moldes do adotado durante a pandemia de Covid-19, mas os detalhes finais — escopo, valor e cronograma — serão definidos pelo presidente Lula.

Segundo a Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), cerca de 10 mil empresas exportam para os EUA e podem ser afetadas pela sobretaxa. Essas companhias empregam, juntas, cerca de 3,2 milhões de trabalhadores no Brasil, o que revela a importância de medidas emergenciais para preservar vagas.

O tarifaço foi anunciado em 9 de julho, numa carta de Trump ao presidente Lula, e reforçado em 23 de julho como retaliação a países com os quais os EUA teriam “relacionamentos não bons”. No último domingo (27), o secretário de Comércio americano confirmou a entrada em vigor das tarifas em 1º de agosto “sem prorrogações”, embora Haddad acredite que essa data possa ser revista caso acordos avancem.

O ministro também negou qualquer bloqueio nos canais diplomáticos entre Brasil e EUA e confirmou a possibilidade de conversa direta entre Lula e Trump. Segundo Haddad, prepara-se uma “estrutura dignificante” para que o diálogo ocorra de forma respeitosa, reforçando a posição brasileira e evitando qualquer percepção de subordinação.

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