Ivani Medina, de 78 anos, diagnosticado com Parkinson, passou por uma talamotomia no Instituto Estadual do Cérebro, no Rio de Janeiro, para interromper o tremor na mão que persistia mesmo com medicação. O procedimento foi realizado com anestesia local e o paciente acordado, em operação complexa oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante a cirurgia, os neurocirurgiões perfuraram uma pequena área do crânio para acessar o tálamo, região cerebral que controla os movimentos. “Antes de colocar o eletrodo, precisamos testar e confirmar que estamos na área correta. Se o tremor cessa, seguimos com o implante”, explica a neurocirurgiã Bruna Rocha.
O Profissão Repórter acompanhou a rotina de hospitais que realizam procedimentos de alta complexidade pelo SUS, evidenciando como a saúde pública viabiliza tratamentos avançados sem custo para pacientes. No caso de Medina, a talamotomia ocorreu em etapas de avaliação contínua, garantindo segurança e eficácia.
Após a cirurgia, Medina comemorou a perspectiva de retomar atividades cotidianas. “Eu queria voltar a fazer coisas simples, como comer sem tremor. A gente não valoriza esses gestos até perder a capacidade de realizá-los”, disse o idoso, aliviado com o resultado imediato dos testes intraoperatórios.