Milhares de mulheres indígenas de diversas etnias percorreram a Esplanada dos Ministérios em Brasília nesta quinta-feira (7), encerrando a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas e exigindo proteção aos seus corpos, às meninas indígenas e aos territórios ancestrais, além do fim do marco temporal. O ato, com o tema “Nosso corpo, nosso território: somos as guardiãs do planeta”, reuniu participantes em protestos silenciosos e em cartazes que pediam respeito aos direitos indígenas.
Após a marcha, programada para terminar com uma homenagem no Congresso Nacional às 14h, as manifestantes lembraram a última edição do protesto, em 2023, quando mais de 6 mil indígenas estiveram em Brasília, conforme dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. Em abril, a capital também sediou o Acampamento Terra Livre, outro grande mobilização pelos direitos dos povos originários.
Realizada de segunda (4) a quarta-feira (6) no Espaço Cultural Ibero-Americano, a 1ª Conferência Nacional das Mulheres Indígenas reuniu lideranças dos seis biomas brasileiros em debates divididos em cinco eixos: direito e gestão territorial; emergência climática; políticas públicas e violência de gênero; saúde; e educação e transmissão de saberes ancestrais para o bem viver. As conferencistas defenderam avanços na legislação, na proteção ambiental e na valorização dos conhecimentos tradicionais como caminho para a cura da Terra.