A Receita Federal deflagrou nesta sexta-feira (19) a Operação Cadeia de Carbono para desarticular fraudes na importação e comercialização de combustíveis, petróleo e derivados. Fiscais atuam em 11 alvos distribuídos por Alagoas, Amapá, Paraíba, Rio de Janeiro e São Paulo.
No Rio de Janeiro, foram retidas duas cargas de navios avaliadas em R$ 240 milhões, compostas por petróleo, combustíveis e óleo condensado. Em São Paulo, depósitos e terminais de armazenamento também estão sob investigação.
O órgão identificou empresas de estrutura reduzida e capacidade financeira limitada figurando como responsáveis por cargas milionárias. A suspeita é de que essas firmas atuem como “laranjas”, ocultando os verdadeiros donos das mercadorias e o caminho do dinheiro.
Essas práticas podem configurar crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal, infrações que permitem à Receita reter ou perder definitivamente as mercadorias apreendidas.
Além de mirarem pequenas empresas, os auditores investigam grandes grupos que utilizam contratos complexos para mascarar a titularidade das operações. Para evitar novos esquemas, a Receita prepara uma norma reforçando o controle sobre a importação de combustíveis e derivados, em discussão com o setor.