Uma comitiva chinesa realiza auditoria no Brasil nesta semana para comprovar a ausência de gripe aviária, disse o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua. Após a inspeção, a China deverá emitir um parecer que pode determinar a retomada das compras ao mercado brasileiro.
A suspensão das importações chinesas começou em 16 de maio, depois da confirmação do primeiro e único caso em granja comercial em Montenegro (RS). O governo brasileiro declarou o país livre da doença em 18 de junho, após 28 dias sem novos registros em granjas, contados desde 22 de maio, quando terminou a desinfecção da granja afetada.
Nesta terça-feira (23), a União Europeia retomou gradualmente as importações de frango do Brasil, mantendo calendário escalonado: a partir de 23 de setembro são liberadas todas as áreas, exceto o Rio Grande do Sul, para frangos produzidos a partir de 18 de setembro; em 2 de outubro o RS será liberado, exceto a área ao redor da granja de Montenegro; e em 16 de outubro haverá liberação plena, incluindo as áreas próximas à granja.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a reabertura deve restabelecer volumes anteriores e pode gerar crescimento devido à demanda reprimida durante a suspensão. Entre janeiro e maio, as exportações brasileiras de carne de frango para a UE somaram 125,3 mil toneladas, aumento de 20,8% em relação ao ano anterior, com receita de cerca de US$ 386,3 milhões, alta de 38%.
Com a decisão do bloco europeu, a China permanece como o único grande mercado que mantém restrições nacionais ao frango brasileiro. Outros 16 países já suspenderam as restrições, entre eles Japão e Iraque. O setor aguarda o resultado da auditoria chinesa para avaliar a retomada completa das vendas ao principal destino das exportações brasileiras.
