A coordenadora do Goiás Social e primeira‑dama, Gracinha Caiado, inaugurou nesta quinta‑feira (4/12) o primeiro Banco Vermelho de Goiânia, instalado na Praça Cívica para marcar o início da campanha dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. O equipamento simbólico, com o lema “sentar e refletir, levantar e agir”, foi pensado para mobilizar a população e alertar sobre o feminicídio, representando o sangue derramado pelas vítimas.
Gracinha destacou o caráter pedagógico e preventivo da ação e pediu que as mulheres denunciem agressões: “Esse banco serve para que todos, tanto homens quanto mulheres, reflitam sobre o feminicídio. Isso não pode mais acontecer.” A iniciativa em Goiás é promovida pelo Goiás Social, em parceria com o Instituto Banco Vermelho, criado por Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que perderam amigas para o feminicídio.
A instalação do Banco Vermelho segue a Lei Federal nº 14.942/2024, que determina a colocação do equipamento em locais públicos de grande circulação; atualmente há bancos semelhantes em 13 estados e uma estrutura no Senado Federal. A peça conta com placa fixa que traz orientações sobre os tipos de violência, medidas de prevenção, programas da Secretaria de Desenvolvimento Social e canais de denúncia.
O secretário de Desenvolvimento Social, Wellington Matos, ressaltou que as políticas estaduais combinam punição a agressores e ações para promover a independência financeira das mulheres, reduzindo a dependência que perpetua ciclos de violência. A superintendente da Mulher, Evelin Rodrigues, lembrou que o movimento teve origem em Barcelona e foi trazido ao Brasil por brasileiras, ganhando força como símbolo de conscientização.
A delegada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Ana Elisa Gomes, afirmou que a unidade tem recebido investimentos e reforçou a importância do incentivo à denúncia e do acesso a medidas protetivas de urgência para romper o ciclo de violência. A inauguração do Banco Vermelho integra a agenda de ações do Estado para ampliar prevenção, acolhimento e proteção às mulheres.
